Começando as leituras de outono, e em especial, as de Halloween (it’s coming, baby 😉), vamos com a resenha de Agridoce, livro que dá início a saga Sabores do Sangue, fantasia da escritora brasileira Simone O. Marques que fala dos vampiros de uma forma bem diferente da “tradicional”.
Neste primeiro volume, somos apresentados a Anya, uma jovem universitária com nada fora do normal a não ser sua alergia ao sol, que a impede de socializar como os outros jovens de sua idade – incluindo frequentar sua faculdade de Gastronomia, que ela acaba estudando em casa para que não coloque a saúde em risco. Mesmo assim, Anya seguia com sua vida da forma como estava acostumada, sem grandes surpresas ou mudanças, até que um acidente envolvendo um rapaz bonito e o mar a coloca em meio a um mundo fantástico em que ela jamais pensou estar – ou mesmo existir!
— Anya, querida… eu vou te contar o que precisa saber para enfrentar essa nova vida— ele falou calmamente.
Assim como sua falecida mãe, Anya é portadora de uma doença que faz dela uma vampira. Mas diferente dos convencionais sugadores de sangue dos mitos populares, em Sabores do Sangue, vampiros são humanos que ao terem seu “despertar”, são obrigados a se alimentarem também de sangue para sobreviver, sem, no entanto, precisarem matar outras pessoas para isso, uma vez que junto com eles, outras pessoas “acordam para uma nova vida”.
Sabe, Anya… cada vez que uma pessoa com essa necessidade especial desperta, despertam com ela também outras…— Ele suspirou.
Uma delas é o Escravo, alguém cujo sangue é de vital importância para o portador da tal doença, e que, da mesma forma, necessita que o Portador sugue seu sangue, tornando-se uma necessidade mútua que não coloca nenhuma das partes em risco.
E assim Anya terá agora de conviver sabendo que possui essa condição especial, mesmo que para isso tudo que conhecera até ali tenha virado de cabeça para baixo e sua vida vá mudar drasticamente de agora em diante…
Ficou pensando… Aquela reviravolta em sua vida parecia ter levantado uma poeira há muito escondida debaixo do tapete. Coisas sobre as quais seu pai não falava, mas amargava. Segredos que envolviam os seis anos que sua mãe vivera como vampira e que ela precisava descobrir, embora pudesse ferir ainda mais a pessoa que mais amava: seu pai.
Para completar, Anya tem um pai superprotetor – além de um “time” de amigos dele -, que farão de tudo para que Anya entre neste novo mundo sem muitos riscos, o que a deixará ainda mais aprisionada do que já era antes de ser despertada.
Agridoce apresenta uma boa história introdutória sobre este mundo fantástico, trazendo detalhes que deverão ser mais bem explorados nos livros seguintes, com boas doses de adrenalina em meio ao clima de mistério sobre este mundo inusitado. Uma leitura que te prende do começo ao fim que nos deixa ávidos para descobrir o que acontecerá a seguir com Anya e cia.
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316 p.
2019
Ler Editorial
Lendo com gatos 